A tradicional encenação da Paixão de Cristo em Valinhos completou 50 anos em 2025 com uma celebração marcante durante a Semana Santa. Segundo informações da Secretaria de Cultura e Turismo, responsável pela organização, mais de 3 mil pessoas assistiram às três apresentações do espetáculo — realizadas na quinta-feira (17) e em duas sessões na sexta-feira (18).

Este ano, o evento voltou a ser realizado ao ar livre, no redondel do Parque Municipal Monsenhor Bruno Nardini. Embora uma chuva tenha ameaçado o início da apresentação de quinta-feira, o tempo colaborou e todas as sessões aconteceram sem contratempos. “Foi um evento emocionante, feito com muito carinho pela equipe da secretaria e pelos voluntários do elenco. Contamos com o apoio de toda a gestão municipal e entregamos um espetáculo repleto de beleza e emoção”, destacou Fabrício Bizarri, secretário de Cultura e Turismo.

A direção e o roteiro da edição de 2025 ficaram sob responsabilidade de Tite Stopiglia, importante nome da cultura local e ex-secretário municipal por 14 anos, com colaboração do professor Luciano Correa. Mais de 150 pessoas participaram da montagem, entre atores, figurantes e equipe técnica. A narrativa teve início com as reações em Jerusalém após o milagre da ressurreição de Lázaro e seguiu até a crucificação e ressurreição de Jesus — momentos centrais da celebração da Páscoa.

Gestão eficiente e sem verba específica

Mesmo sem uma dotação orçamentária destinada previamente, a encenação foi realizada com responsabilidade financeira e economia. “A gestão anterior não deixou recursos para o espetáculo, mas, com agilidade e trabalho conjunto entre diversas áreas da administração, conseguimos viabilizar essa grande entrega para a cidade”, afirmou o secretário. O custo total foi 40% inferior ao do ano anterior.

Homenagens que emocionaram

A edição de 2025 também prestou homenagens marcantes. Na quinta-feira, Celia Sittian Mathias foi homenageada com flores e um diploma, representando todos os participantes da primeira encenação em 1975. Já na sexta-feira, Maria Dolores Betti Mamprin, aos 100 anos, foi reconhecida por sua colaboração na confecção dos figurinos da encenação de 1984 — a primeira oficialmente organizada pela Prefeitura.

Solidariedade em destaque

O acesso ao espetáculo foi mediante a doação de 1kg de alimento não perecível (exceto sal) ou 1 agasalho, que foram destinados ao Fundo Social de Solidariedade. Ao todo, foram arrecadadas 2,5 toneladas de alimentos. “São cinco décadas de tradição, e ainda assim a Paixão de Cristo consegue nos emocionar a cada ano de forma única. Agradeço a todos que abraçaram a causa e contribuíram com as doações que farão a diferença para tantas famílias”, afirmou o prefeito Franklin.